''Deu sorte'', disse assaltante à mulher ao desistir de estupro

Vítima permaneceu refém de criminosos cerca de seis horas


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Secretária, de 42 anos, viveu horas de pavor nas mãos de dois assaltantes, entre a noite de quarta-feira (29) e madrugada de ontem, em Campo Grande. A caminho do velório de primo, a mulher foi surpreendida pelos criminosos dentro do carro que dirigia, modelo Uno, ficou refém cerca de seis horas e escapou de ser estuprada porque usava absorvente. Ao desistir, o ladrão assegurou: “deu sorte”.

 

Para  reportagem, a vítima, que trabalha como secretária, contou que, por volta das 23h, procurava endereço de cemitério na Avenida Guaicurus quando foi dominada pela dupla, na Rua Joana D'arc, no bairro Pioneiros.

 

“Estava indo para o velório do meu primo, mas me perdi e parei o carro para ligar e perguntar para minha filha onde ficava a capela do cemitério. Foi quando dois homens chegaram agressivos e me mandaram sentar no banco de trás. Não vi arma. Mas fiquei com muito medo e obedeci. Um deles dirigiu e o outro sentou ao lado. Passaram em bocas de fumo na região do Jardim Colúmbia, compraram drogas e usaram dentro do meu carro”, lembrou a vítima.

 

A mulher disse que, apesar de ter ficado sozinha no banco de trás, não teve como saltar porque o automóvel é de duas portas. Ainda conforme relatos, ela foi obrigada a experimentar entorpecente e avisada que os criminosos queriam passear. “Me obrigaram a fumar, mas não traguei. Pedi que parassem e um deles falou: ela não curte, deixa sobrar mais para a gente. A todo momento implorava que poderiam levar o carro, mas que me deixassem. Eles respondiam que queriam apenas passear e se eu fosse abandonada, poderia chamar policiais e eles serem pegos”, declarou.

 

Em meio às horas de terror, a vítima pediu para urinar e só não foi estuprada porque usava absorvente. “Quando pedi para descer puxaram meu cabelo e bateram minha cabeça no vidro. Um deles colocou a mão dentro da minha calça, sentiu que eu usava absorvente e disse: deu sorte, heim. Nessa hora já estavam drogados”, citou a mulher.

 

FIM DO DESESPERO

Já havia amanhecido quando a situação de desespero acabou depois que o criminoso que dirigia o carro invadiu canteiro, em rua do Jardim Presidente. Com a batida, a mangueira de passagem de combustível foi arrancada e, logo, o carro parou. Acreditando que tivesse acabado a gasolina, os assaltantes fugiram a pé. Nenhum suspeito de envolvimento no crime foi preso ou identificado. O caso foi denunciado ontem na delegacia plantonista da Vila Piratininga e segue sob investigação.

 


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