Falta de transporte a pacientes renais gera protesto em Dourados


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DOURADOSNEWS

Pacientes renais crônicos de Dourados que dependem do transporte público por parte do Município para realizar o tratamento em clínica da cidade, realizaram na manhã desta terça-feira (12), um protesto na Secretaria Municipal de Saúde, reivindicando a melhoria nos carros e que os mesmos não sejam tirados.

 

A manifestação é decorrente da informação repassada a eles de que pontos de ônibus seriam criados e os carros e vans que atualmente atendem os renais, seriam retirados de circulação.

 

Porém, conforme Weslei Queiroz, assessor de comunicação da Secretaria de Saúde, os pontos de ônibus serão criados, porém, como forma de auxílio aos que necessitam de atendimento.

 

“Os carros vão continuar buscando e levando esses pacientes, os pontos de ônibus solicitados à Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), servirá para quem não quer esperar muito, tanto para ir à clínica, voltar para casa”, disse ao Dourados News.

 

José Feliciano de Paiva, presidente da Associação de Renais Crônicos de Dourados (Renasul), concorda que a alternativa ajudará na mobilização, mas pontua sobre o direito do paciente ser buscado e levado em casa.  

 

“Essa alternativa ajudará na mobilização dos pacientes, mas há uma lei federal que garante que cada renal crônico tenha à sua disposição um carro que o busque em casa e depois do tratamento, leve-o de volta”, destacou.

 

O paciente Cléberson Hugen Pereira faz hemodiálise há um ano e diz ser contra a alternativa. “Essa medida é ilógica, pois às vezes, terminamos a hemodiálise e passamos mal, então não temos condições de caminhar até ao ponto de ônibus, esperar cerca de duas horas e ainda caminhar, no meu caso, cinco quadras para chegar em casa”, afirma ele, que mora no Jardim Novo Horizonte, região Oeste de Dourados.

 

Atualmente o transporte dos pacientes é realizado em carros pequenos, com dois motoristas que trabalham nos três turnos, isto é, de manhã, tarde e noite. Outra reivindicação é que seja investido na manutenção das duas vans que, de acordo com Cléberson e demais pacientes, estão quebradas.

 

“Ao invés de gastarem com ponto de ônibus, poderiam investir nas vans que estão sucateadas e que faz o trabalho mais rápido, pois cabe mais pacientes”, conclui.

 

De acordo com a Secretaria de Saúde, apenas uma van está em manutenção, aguardando chegar uma peça, a outra continua atendendo aos pacientes normalmente. 


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