VIDEO: “Vou te bater mais”: pai filma filho ensanguentado e é “caçado” na fronteira

Homem chegou a ser preso, mas responde a inquérito em liberdade; garotinho e irmãos estão com parentes


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CAMPO GRANDE NEWS

Divulgação
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Vídeo em que menino de 3 anos aparece aos prantos e coberto de sangue viralizou nesta quarta-feira (29), em Ponta Porã – cidade da fronteira a 323 km de Campo Grande –, e virou “prato cheio” para muita gente falar em “justiça com as próprias mãos”. Pai e mãe da criança, que têm outros três filhos, estão sendo “caçados”.


De acordo com a delegada Analu Lacerda Ferraz, que atendeu a ocorrência, o caso chegou à polícia no sábado passado, dia 24. Denúncia contendo o vídeo foi feita à PM (Polícia Militar) na madrugada, que acionou o Conselho Tutelar e foi ao local. Na casa da família, estavam a mãe e as crianças. O pai foi localizado depois e preso no mesmo dia.

Em depoimento, o homem nega que tenha agredido o filho, embora no vídeo, supostamente gravado por ele mesmo, diga: “eu vou te bater mais”, mandando que o menino tirar a bermuda. O pai alega que o filho havia caído, por isso, estava ensanguentado e a mãe confirma. O casal também nega fazer uso de drogas e admite ter problemas com álcool.

“Ele diz que foi ele mesmo quem gravou para mostrar a situação das crianças, que realmente estavam em situação de extrema vulnerabilidade. É uma família muito pobre, que passa necessidade, fome mesmo. As crianças estavam comendo comida do chão”, completou a delegada.

Analu Ferraz explica que a polícia investiga o caso. Não há como provar, por enquanto, que aquele sangue na criança foi provocado por uma agressão, apesar da forte evidência de que o menino estava apanhando naquele momento. Foi pedida perícia no celular do pai para apurar, por exemplo, quando o vídeo foi gravado e se há mais imagens que esclareçam os fatos.

A delegada esclarece que apesar da prisão, juiz entendeu que não havia elementos suficientes para configurar flagrante. O pai foi colocado em liberdade. “A conduta possivelmente omissiva da mãe (não impedir a violência) também vou apurar no inquérito”.


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