O encerramento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava o secretário Clóvis Leite de Freitas, em Angélica, gerou intensos debates entre os vereadores, revelando divergências quanto à interpretação das provas e ao relatório final apresentado.

A CPI foi instaurada para investigar um pagamento de R$ 900,00 feito via PIX para a conta-corrente da esposa do secretário, Sra. Lúcia Falavina de Freitas, referente a um serviço realizado pela Prefeitura. Segundo o relatório do vereador Arlan Cassuci, primo do prefeito Edinho Cassuci e relator da CPI, não foram encontradas provas seguras e incontestáveis de má-fé por parte do investigado. O relatório propôs a inocência do secretário, argumentando que não houve intenção de enriquecimento ilícito ou prejuízo aos cofres públicos. Na sua fala ele ainda destacou, “Eu vejo que essa acusação, como o senhor Milton disse, o vereador Almir disse, foi a cunho político querendo, nesse período que nós estamos de eleições, de futuras eleições, foi feito para prejudicar. E quanto ao voto desfavorável do relatório, eu vejo que é uma dor de cotovelo crônica que por ter perdido as eleições”, destacou o parlamentar.

A narrativa da defesa, seria que após o serviço realizado na propriedade da senhora o senhor Clovis solicitou o pagamento, que além do combustível também deveria ser pago umas peças do trator, segundo relatos a mulher foi na prefeitura pagar para uma servidora, porém ela não estava na Prefeitura, por isso posteriormente o senhor Clóvis deu o PIX da esposa, no qual a mulher fez o depósito, consta que a esposa do investigado recebeu R$ 900,00 no dia 29 e sacou referida quantia no dia seguinte, dia 30/01/2024. Dona Lúcia em seu depoimento confirma que sacou o valor para entregar ao marido, que era para ele pagar umas peças que arrumou no trator.

No entanto, o presidente da CPI, vereador Adãozinho, manifestou voto contrário ao relatório final. Ele destacou a falta de convencimento com relação às provas apresentadas, especialmente a ausência de nota fiscal e a natureza irregular da transferência via PIX para a esposa do secretário, considerando o pagamento por um serviço prestado.

Outro vereador que se posicionou contra o relatório foi Boquinha, que baseou seu voto na análise detalhada dos documentos. Ele ressaltou a transferência via PIX para a conta da esposa do secretário já é um caso ilegal, também não tem nota fiscal do suposto conserto da máquina, além de mencionar um aditivo de licitação em vigor que poderia ter sido utilizado para o pagamento do serviço prestado na máquina da prefeitura.

As divergências entre os vereadores refletem a complexidade do caso e evidenciam aspectos políticos sensíveis. A decisão da câmara de vereadores em inocentar o secretário Clóvis Leite de Freitas foi tomada por uma maioria de 6 votos a 2, sendo 5 deles da base do prefeito.

O desfecho da CPI continua gerando repercussões na esfera política local, destacando a importância da transparência e da responsabilidade no uso dos recursos públicos.

O CASO AINDA NÃO ACABOU!

Apesar da vitória na câmara de vereadores, populares esperam que o Ministério Publico de um outro desfecho no caso, já que todos os fatos estão sendo apurados pela justiça.

Após a sessão os vereadores Boquinha e Arlan Cassuci falaram ao site Ivinoticias, confira: