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A nova configuração
Vivemos hoje uma nova configuração familiar.
Família é coisa complicada, muitos dizem, não é verdade?
De certa forma é, porque hoje temos uma configuração familiar bem diferente dos tempos antigos. Na verdade é e não é. Muitos homens da Bíblia tiveram muitos filhos com mulheres diferentes, como Davi, Abraão, Jacó, Elcana, etc. Sem contar que os imperadores da Roma antiga e os filósofos Gregos eram uma “doidera”.
De certa forma, sempre foi comum os homens saírem por aí fazendo filhos e dispensando mulheres conforme as suas vontades. Mas então Deus envia sua palavra para aquela configuração:
“Ainda fazem isso diz o Senhor, cobrem meu altar com lágrimas, com choro e com gemidos; dizendo que eu não olho as suas ofertas, e nem aceito com prazer da vossa mão. E dizeis: Por quê? E Eu vos digo: Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua juventude, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira, e a mulher do teu compromisso. E não fez ele somente um, ainda que lhe sobrasse espíritos? E por que somente um? Ele buscava uma descendência piedosa para Deus.” Malaquias 2:13:15
Deus diz que buscava uma configuração familiar que vivesse de forma piedosa, ou seja, com sentimentos de empatia e amor para a busca de uma sociedade melhor. Por isso Ele também disse:
“Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor; E ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição.” Malaquias 4:5-6
Deus queria que os pais e os filhos vivessem suas vidas numa configuração familiar saudável para que houvesse paz na sociedade, senão Deus enviaria maldição para a terra, porque as vezes só uma catástrofe para as pessoas se unirem e enxergarem os verdadeiros valores importantes.
Ora, quando Jesus veio, Ele também disse que a configuração estava errada:
“Disseram-lhe eles: Então, por que permitiu Moisés dar carta de divórcio, e repudiá-la? Disse-lhes Jesus: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas no princípio não foi assim. Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de adultério, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.” Mateus 19:7-9
A dureza do coração do homem é o que mais causa divórcios e configurações familiares que prejudicam os filhos e consequentemente a sociedade de um modo geral.
Hoje as coisas estão diferentes, pois as mulheres também tem seu espaço de liberdade que durante muitos anos foi censurado pelos homens que carregavam uma cultura dominadora, onde hoje muitas dessas tradições foram quebradas abrindo espaço para uma melhoria fundamental para o sexo feminino. Mas também trouxe um desgosto pelo passado masculino onde casamento é visto como a pior das escolhas. Juntando todas essas peças do quebra cabeça, chegamos ao estado de uma configuração prejudicial familiar onde não se tem um pai ou uma mãe presente dentro de casa, e onde filhos crescem com padrastos e madrastas que geralmente não dão certo, porque mesmo com divórcio, ninguém fica sem se relacionar, e mesmo achando que casamento é problema.
Jesus não estava dizendo para ninguém viver num relacionamento que fosse um inferno ou hipócrita, não. É óbvio que Ele não queria ninguém forçado vivendo junto sob atos de violência ou negligencias ou qualquer outra situação insuportável. Mas Ele queria que houvesse uma consciência de que família é algo precioso e deve ser respeitado para que se mantenha uma sociedade saudável. Assim como Paulo escreve em casos quando não é possível mais a convivência:
“...porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz.” 1 Cor 7:15
Ora até Deus diz:
“Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” Amós 3:3
Jesus mesmo encontra uma mulher toda complicada, e nessa conversa Jesus não a julga, mas lhe mostra o valor de se converter ao evangelho que é a salvação de Deus, e começar a partir daquele momento a mudar sua consciência para servir a Deus da forma correta.
“Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá. A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem quando disse que não tens marido; Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade. Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, creia que a hora vem, em que nem no monte e nem em Jerusalém (templo) adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” João 4:16-24
Jesus vê a situação complicada dela, tinha tido cinco maridos, e o que agora estava com ela era casado, provavelmente. Mas Jesus disse que ela precisava crer verdadeiramente em Deus independente das situações erradas e não crer em montes, ou em templos em Jerusalém, mas no Espírito verdadeiro de Deus, que só poderia ser achado, se fosse buscado de modo verdadeiro e espiritual, com sinceridade de consciência para que houvesse uma transformação verdadeira. E o resto Deus ia ajeitando com o tempo. Mas primeiramente é preciso crer de verdade no poder do Espírito Santo de Deus, para que as transformações comecem a acontecer. Deus procura essas pessoas, que creem de verdade e com a consciência humilde nessa fé que pode restaurar todas as coisas e consertar aquilo que esta desajustado.
O que aprendemos aqui é que existe uma grande responsabilidade na família, e que são valores e princípios que devem ser respeitados para que haja uma sociedade saudável para todos, especialmente as crianças que precisam dessa energia limpa para que possam crescer com bons valores e princípios honestos. Todo homem e mulher que é pai e mãe de família não deve se abster ou negligenciar a responsabilidade familiar, e todo jovem deve ter implantando no coração a responsabilidade que família é algo muito importante e carrega o âmbito de maior valor para uma sociedade equilibrada.