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Mãe denuncia médico após a filha de 6 anos morrer em hospital
JD1 NOTICIAS
A mãe da pequena, Kemilly Vitoria Alves de Oliveira Barros, de apenas 6 anos, está denunciando o médico e o Hospital Regional de Três Lagoas após a menina morrer, segundo ela, por um erro clínico.
Conforme as informações do site JP News, um boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado na quinta-feira (18). Ela detalhou que na segunda-feira (15), levou a menina para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), pois Kemilly estava vomitando e reclamando de dores na garganta. Depois de passar por alguns exames, de sangue e de urina, apontando um quadro de desidratação e alterações nos exames de sangue, foi solicitada a transferência dela para o Hospital Auxiliadora.
Porém, como não tinha vaga para a rede hospitalar, a pequena recebeu remédios e realizou raio-x do pulmão e recebeu uma máscara com nebulização enquanto aguardava. Durante a madrugada de terça-feira (16), por volta das 1h, ela deu entrada no Hospital Regional, onde a mãe foi levada para uma sala de espera e a criança foi para o setor de Emergência. Na ocasião, uma médica teria perguntado o que a criança estava sentindo e a mãe contou sobre os vômitos, diarréia, dor na garganta e que a filha reclamou de dores estomacais.
Depois de ser ministrada a medicação nova, a menor passou a reclamar de coceiras nas partes intimas e aumento nas dores estomacais. Ao trocar a medicação, a enfermeira teria visto o braço da criança inchado e o corpo repleto de erupções, sugerindo uma possível crise alérgica medicamentosa.
Ainda segundo o site, a mãe disse que a médica foi acionada rapidamente para ver Kemilly. Momentos depois, a mulher contou ter ouvido os gritos da filha e a agitação de funcionários, antes de levar a pequena para a UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).
Durante visita rápida, a mãe foi questionada pela médica se Kemilly havia sofrido alguma queda ou acidente caseiro, devido apresentar um inchaço no braço e uma suspeita de perfuração de pulmão. A médica havia dito ainda que a criança ria ficar com sequelas nos membros lesionados.
Ao conversar com a polícia, a mulher lembrou de ter visto a filha inconsciente, entubada e com um dreno no pulmão, que segundo a médica, seria para drenar líquidos do pulmão, decorrentes da lesão sofrida por uma suposta queda. Ainda na UTI, a mulher disse que um terceiro médico teria se apresentado, dizendo ser pediatra e realizado procedimento, uma perfuração no pescoço e outra na região das costelas.
Depois, foi abordada por assistentes sociais do hospital, segundo a mulher, que a levaram até uma sala, onde foi aconselhada a ir para casa, mas recusou. Durante o tempo que ficou a espera de notícias da filha, ela disse que não teve muitas respostas. Teria notado uma movimentação de funcionários na UTI e sido impedida de entrar no local.
A mulher teria sido informada por uma médica e uma assistente social que a criança sofreu duas paradas cardíacas, não resistiu e morreu durante tentativas de reanimação. Ela procurou a Depac, onde denunciou o hospital por erro médico e o caso foi registrado como morte a esclarecer pela Polícia Civil.
Outro lado - A equipe de reportagem, do site JP News, entrou em contato com o Hospital Regional sobre o fato. Por meio de nota, a unidade médica explicou os procedimentos realizados na paciente desde o momento de entrada. Confira abaixo a nota na íntegra do hospital:
"O Hospital Regional da Costa Leste Magid Thomé, em Três Lagoas (MS), informa que recebeu por demanda regulatória, na madrugada da última terça-feira (16), por volta de 1h46, paciente de 6 anos com quadro de SEPSE - doença potencialmente grave desencadeada por inflamação que se espalha pelo organismo diante de uma infecção avançada. O atendimento realizado nesta unidade não foi primário, tendo em vista a necessidade de regulação. A paciente havia sido atendida, anteriormente, por outras duas unidades locais de saúde.
Após ser medicada e observada por profissionais de plantão, às 4h32 houve a necessidade de entubação, uma vez que a criança apresentava sinais de hipertensão e queda de saturação mesmo com máscara de oxigênio. Às 6h30, nova intervenção foi realizada, desta vez, o cirurgião pediátrico realizou passagem de dreno, por Pneumotórax. Após estes procedimentos, às 8h45, a paciente foi levada à UTI Pediátrica. No leito, às 13h20, foi realizada nova passagem de dreno, também no pulmão direito, necessária a partir do quadro clínico do momento. Às 16h a paciente evoluiu para parada cardiorrespiratória, e mesmo com o esforço dos profissionais, veio à óbito às 16h58.
A direção do Hospital Regional da Costa Leste Magid Thomé lamenta o falecimento da paciente e se solidariza com familiares e amigos. Mantém canal aberto para diálogo e está à disposição das autoridades e órgãos competentes para fornecimento de informações técnicas detalhadas e demais esclarecimentos."