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Cuidadora e dona de creche clandestina acusadas de maus-tratos a crianças são condenadas
DOURADOSNEWS / ADRIANO MORETTO
Caroline Florenciano dos Reis Rech, proprietária da creche clandestina ‘Cantinho da Tia Carol’ e a cuidadora Mariana de Araújo Correia, que trabalhava no mesmo local, foram condenadas pela Justiça. Elas passaram por julgamento na sexta-feira passada (8/11), em Naviraí, cidade localizada no Sul do Estado.
As duas são acusadas de tortura e maus-tratos contra crianças no espaço que funcionava para atender os menores. Ambas acabaram presas em 11 de julho do ano passado em uma operação realizada pela Polícia Civil.
Proprietária do local, Caroline teve pena imposta de 42 anos e quatro meses de prisão em regime fechado pelo crime de tortura, além de mais 11 anos, sete meses e 14 dias em regime semiaberto por perigo a saúde e maus-tratos contra os menores.
Já Mariana foi condenada a 16 anos, 10 meses e 15 dias pelo crime de tortura, dois anos, onze meses por perigo a saúde e mais um ano, cinco meses e 22 dias por maus-tratos, totalizando 21 anos, três meses e sete dias de detenção em regime semiaberto. As informações das condenações são do Campo Grande News.
Caroline ficará em regime fechado, porque no entender da Justiça, ela possui personalidade agressiva, violenta e “altamente dissimulada”.
O magistrado também determinou que as duas mulheres reparem os danos causados para cada uma das vítimas no valor de R$ 10 mil.
O caso Conforme mostrado pelo Dourados News à época, no dia 11 de julho policiais civis da DAM de Naviraí prenderam Caroline e Mariana após relatos de maus-tratos na creche Cantinho da Tia Carol.
O lugar funcionava de forma clandestina e a suspeita apontava para agressões física, moral e psicológica nos menores, que ainda eram dopados com medicamentos que causam sonolência.
Diante da denúncia, a polícia conseguiu autorização judicial para instalar equipamentos de captura de áudio e vídeo.
Durante duas horas de investigação, foi possível presenciar as cenas chocantes, conforme relatado pelos policiais.
Dopadas
Segundo os policiais, as crianças eram dopadas com medicamento para vômitos e enjoos, proibido para menores de 2 anos e que tem como um dos efeitos a sonolência para que parassem de chorar e dormir.
Além disso, durante acompanhamento das filmagens, os policiais disseram ter presenciado a proprietária do estabelecimento, que também era cuidadora, batendo a cabeça de uma criança de 11 meses contra o sofá, chacoalhando e jogando outra criança no colchão, dando tapas, gritando, entre outras ações.