Os primeiros dias de Jair Ventura no Corinthians

Com filha recém-nascida no Rio, técnico tem dividido seus dias entre um hotel e o CT


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GE/ MARCELO BRAGA, SãO PAULO

Após conquistar a primeira vitória no comando do Corinthians, no domingo, com os 2 a 1 sobre o Sport, o técnico Jair Ventura deixou a Arena na companhia do gerente de futebol Alessandro Nunes, que foi o responsável por levá-lo de Itaquera até o hotel onde está hospedado.

 

Há 13 dias em São Paulo, o técnico carioca ainda não teve tempo para alugar um apartamento – o clube dá o benefício da hospedagem por algumas semanas. E nem seu carro conseguiu trazer para a cidade. Com uma filha recém-nascida no Rio de Janeiro, de nome Maria Thereza, ele tem vivido sozinho na capital paulista, longe da esposa Aleandra, o que deve continuar por algum tempo.

 

Com um Dérbi de estreia e uma viagem para o Rio de Janeiro no período para enfrentar o Flamengo – onde pôde encontrar a família –, o treinador de 39 anos entrou de cabeça no trabalho e passa a maioria de seu tempo no CT Joaquim Grava. No último sábado, ainda foi ao Parque São Jorge para ver o sub-20 em ação.

 

Com experiências profissionais no Botafogo e no Santos, o treinador trouxe alguns hábitos diferentes para o dia a dia no CT Joaquim Grava. Um deles é o uso de um quadro imantado no campo. Nele, o técnico mostra o posicionamento esperado dos atletas antes da atividade.

 

Adepto do mistério, o treinador fechou poucos treinos até aqui, mas solicitou aos jornalistas para que os detalhes táticos das atividades não sejam expostos. Jair diz acreditar que o excesso de informações possa dar a adversários alguma vantagem contra ele. Relata já ter ouvido de outros treinadores que eles foram pegos de surpresa por decisões tomadas por ele em treinos fechados.

 

Ainda em processo de conhecimento de seu grupo de trabalho, tem contato com a ajuda dos auxiliares fixos Osmar Loss, Dyego Coelho e Fabinho para executar trabalhos e conhecer características expecíficas de alguns atletas.

 

Foi com ele, porém, que o volante Gabriel, a quem ele chama de "Gabi", atuou pela primeira vez improvisado como lateral-direito, em razão da carência no setor. Em entrevista coletiva, o jogador fez elogios ao comandante, que aos poucos vai implantando suas ideias no grupo.

 

– A gente se conhece um pouco, trabalhei com ele no Botafogo, ainda como auxiliar. Lógico que muda um pouco. E conhece de ter enfrentado um pouco em 2016 e 2017. É um treinador que prioriza o sistema defensivo. Não tomando gol, você fica perto da vitória. É um característica que o Corinthians já tem, gostamos de jogar assim – elogiou o volante.

 

Pela primeira vez em dois meses, o Corinthians tem uma semana inteira para trabalhar. Tempo suficiente para Jair conseguir resolver suas questões particulares em São Paulo e, no campo, avançar em trabalhos importantes que possam fazer o time evoluir técnico e taticamente.

 


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