Contra polêmicas, Palmeiras dosa entrevistas e não faz coletiva com Deyverson há um ano

Atacante, cujos episódios recentes têm causado "inferno" para Felipão, segundo palavras do próprio técnico, é blindado mesmo quando se destaca positivamente em campo


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O técnico Luiz Felipe Scolari foi o mais direto possível no último sábado, depois da vitória sobre o Santos: se for preciso, vai acabar com as entrevistas no Palmeiras, principalmente as de Deyverson, que tem se metido em confusões com frequência.

 

Pouco depois do apito final do clássico na arena, enquanto se dirigia ao vestiário, Felipão puxou o atacante, que conversava com a reportagem da TV Globo, e esbravejou:

 

– Deu, deu... Sem entrevista! Vão para o inferno!

 

Depois, pediu desculpas à imprensa, mas avisou que cogita proibir entrevistas "por causa de um", já que Deyverson tem respondido por polêmicas e expulsões no Superior Tribunal de Justiça - em julgamento com data ainda indefinida, ele corre risco de pegar até seis jogos de gancho.

 

Já havia esse cuidado do Palmeiras em blindar Deyverson antes de Felipão, que iniciou seu trabalho em agosto. Há muito tempo, o clube dosa as entrevistas do atacante na chegada e saída dos estádios, com receio de que ele possa alimentar polêmicas, dizer algo fora do recomendado.

 

A última entrevista coletiva dele na Academia de Futebol completará um ano daqui a uma semana. Em 13 de novembro de 2017, ele esteve na sala de imprensa um dia depois de ter feito os dois gols da vitória por 2 a 0 sobre o Flamengo, no Campeonato Brasileiro.

 

– Minha coletiva é sempre mais engraçada, né? (risos) Sempre tenho uma coisa para poder dar mais uma apimentada na conversa – chegou a dizer, na ocasião.

 

Nesta temporada, em um primeiro momento, não havia entrevistas coletivas e exclusivas com Deyverson porque ele era reserva. Ele se sentou para falar diante de um microfone apenas uma vez, na excursão para o Panamá, no meio do ano, quando havia pouquíssima imprensa e ele foi escolhido também pela fluência no espanhol.

 

Ultimamente, porém, mesmo em seus melhores dias – agora ele é vice-artilheiro do time no Brasileirão, com sete gols marcados, dois a menos do que Willian –, o clube prefere evitá-las.

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– Os jogadores dos outros times já estão querendo arranjar qualquer situação para o Deyverson. Ele não se dá conta de que ele vai ser o prejudicado. Os outros não vão ser, porque não tem o imediatismo que ele já teve por algumas coisas que já fez. E vou ter que tomar uma atitude – comentou Felipão, no sábado.

 

 


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