“Não está varrendo para debaixo do tapete”, diz Azambuja sobre arquivamentos do PSDB

Ele reforçou que existe uma “demonização” da classe política


PUBLICIDADE

CORREIO DO ESTADO

Em entrevista ao programa Jornal Em Pauta, da GloboNews, na manhã desta quinta-feira(21), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) comentou sobre a decisão da Executiva do partido do qual ele é filiado em arquivar os pedidos de exclusão de alguns integrantes da legenda. Para o chefe do Executivo Estadual, “Fizeram o que tinha de ser feito”.

 

A jornalista Julia Duailibi comentou que, a partir de 2017, o PSDB “foi abatido por uma série de denúncias”. Ela citou o caso de Aécio Neves, que foi pego nas gravações referentes a investigação da JBS pedindo dinheiro para Joesley Batista, as prisões dos ex-governadores tucanos Beto Richa e Marconi Perillo, além da operação da PF em que o próprio Azambuja foi alvo e perguntou se a decisão do PSDB não poderia ser interpretada como uma forma de “varrer questões éticas para debaixo do tapete”.

 

O governador saiu em defesa do partido e disse que o PSDB “não está varrendo para debaixo do tapete.Não pode condenar simplesmente pela delação”. Ele comentou ainda a decisão do Ministério Público Federal em arquivar o processo contra ele, após o empresário José Alberto Miri Berger retirar a acusação de pagamento de propinas ao chefe do Executivo Estadual.“Não dá pra nós condenarmos sem investigação, só com a palavra do delator”.

 

Para Azambuja, a classe política tem sido demonizada. “Alguns cometeram excessos? Sim. Puna aqueles que cometeram excessos. Agora, não dá para condenar todo mundo principalmente sem provas. Acho que o PSDB fez o que deveria ser feito. Aquele que realmente for condenado a nível judicial com certeza será expulso das fileiras partidárias porque nem poderia continuar militando dentro do nosso partido”, finalizou.

 

A Justiça está aí para condenar quem tem culpa. É que acabou por ser da classe política se demonizar a classe política. Teve alguns que cometeram excessos? Sim, puna aqueles que cometeram excessos. Agora não dá para condenar todo mundo principalmente sem provas. Acho que o PSDB fez o que deveria ser feito. Aquele que realmente for condenado a nível judicial com certeza será expulso das fileiras partidárias porque nem poderia continuar militando dentro do nosso partido.

 

ENTENDA O CASO

 

Matéria Publicada pelo jornal O Estado de São Paulo de hoje aponta que a direção executiva do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) decidiu, após reunião na quarta-feira (20), arquivar todos os pedidos de expulsão contra filiados ao partido. Dentre eles, Aécio Neves.

 

O pedido de expulsão de vários integrantes do PSDB por "infidelidade partidária" foi realizado nas eleições de 2018. Alguns foram acusados de terem boicotado a campanha do governador de São Paulo João Doria.

 

O pedido de expulsão de Aécio Neves foi feito pelo deputado Wherles Fernandes da Rocha (AC) e estava relacionado a quebra de decoro parlamentar. Segundo ele, após Aécio ter sido obrigado a se licenciar da presidência do partido em 2017, no auge das investigações do caso JBS e divulgação de gravação envolvendo o senador, houve perseguição aos que apoiaram o afastamento.

 

A executiva do partido arquivou os pedidos antes de enviar aos Conselho de Ética por entender que o atual estatuto só prevê punições após condenação em 2ª instância.

 

Richa, ex-governador do Paraná,  foi preso durante a 58ª fase da Operação Lava Jato, mas liberado. Perillo, ex-governador de Goiás, foi preso em investigações sobre pagamento de propina no caso Odebrecht. Ele conseguiu habeas corpus da Justiça Federal.


Nos siga no




PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE